O início do ano escolar está a ser terrível. Agora que se começam a ultrapassar as dificuldades de colocação, começam a conhecer-se os resultados de oito mil (8000) atestados médicos apresentados pelos professores no intuito de obterem preferência na colocação. Ao que parece, os professores é que eram os bons da fita da história - devia era desconfiar-se do Governo. Onde está agora aquele que, em Coimbra, exigia falar com o Sr. Primeiro-Ministro? Sim, o Sr. PM porque o dito homem era Presidente do Sindicato dos Professores de Distrito de Viseu (com esta posição só pode ser recebido ao mais alto nível).
Mas, como a vida tem destas coisas, já andam nas televisões os professores a queixarem-se uns dos outros. É claro que os inocentes são quem está a pagar pelos muitos professores que revelam total falta de escrúpulos.
Mas a moral da história é só uma - se eles nem conseguem ser bons uns com os outros...
O caso, na Escola Básica de Alijó assumiu contornos ainda mais estranhos. As professoras que habitualmente lá leccionavam viram-se agora confrontadas com um afastamento dessa escola por terem entrado colegas mais novas, mas que apresentaram atestado. A população decidiu impedir que os seus filhos fossem à escola enquanto as antigas professoras não fossem lá recolocadas. É ao que chegamos. Independentemente da injustiça do caso, como pode a população privar as suas crianças da escola primária? Alegam que é prejudicial mudarem de professor. Eu e todos os colegas da minha geração e da minha terra tivemos 3 professoras primárias diferentes. Não foi isso que impediu que tenhamos tido a instrução primária.
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