domingo, janeiro 30, 2005

Que se passa?

O Porto deste ano é um não-Porto. Hoje, mais uma derrota em casa. De tudo se poderão queixar os jogadores portistas: falta de sorte, arbitragem de fraca qualidade, boa equipa adversária. Podem queixar-se de tudo que não farão esquecer a falta de convicção, o desnorte com que jogam à bola.
Fernández não consegue organizar a equipa. O ataque, recheado de estrelas, não consegue fabricar um golo. A defesa, apesar de ser a menos batida da Superliga, demonstra debilidades infantis – ainda mias com Pepe que, apesar da idade, não chega aos calcanhares de Jorge Costa!?
Algo tem de mudar na equipa do Porto. Não peço a cabeça do treinador. Ele é um dos culpados nesta total ausência de atitude. Mas, quem poderá ilibar os jogadores?

Começa a aparecer a vitória

Apesar de todo o terror que lhes tentaram incutir, os iraquianos compareceram em massa às eleições de hoje.
Parece que a vitória da democracia começa, timidamente, a fazer-se sentir. Será uma vitória, certamente, dos iraquianos em primeira instância. Mas, e não esquecendo tudo o que se passou e continua a passar, é também uma vitória dos que lutam pela liberdade e pela democracia em qualquer parte do mundo.Agora, o Iraque terá um governo legitimado. Pouco a pouco, é necessário que o domínio das forças da coligação deixe de se fazer sentir. Para que a vitória o seja efectivamente.

quinta-feira, janeiro 27, 2005

Um completo exagero

O jogo desta noite, entre lagartões e lampiões foi fértil em muita coisa mas, principalmente em adjectivos exageradíssimos com que os jornalistas brindaram a partida.
"Jogaço", "fenomenal", "hino ao futebol" são tudo termos que, para quem viu o jogo, claramente não se aplicam. Foi apenas um jogo emotivo onde nem sempre imperou a correcção - o que é de estranhar já que se tratava de um jogo entre dois clubes em lua-de-mel. É só rosas e beijinhos em bancos de jardim entre os dois presidentes.
Vejam lá que se tiveram que juntar os dois "maiores" clubes de Portugal para fazer face a um clube regional como é o Porto. E depois não querem que nos sintamos os maiores...
Se vissem, ao menos, quão ridículos se tornam os distintos senhores e quão mal se devem sentir os adeptos dos seus clubes, mas, enfim, afinal trata-se de sportinguistas e benfiquistas. Tanto uns como outros têm o presidente que merecem...

quarta-feira, janeiro 26, 2005

Não é por aí

As muitas insinuações que se têm feito acerca da vida privada de Sócrates não acrescentam nada ao debate político. Verdadeiras ou não, a verdade é que não vi as pessoas que agora muito se empertigam a terem a mesma atitude quando, na altura em que foi nomeado Ministro da Defesa, Paulo Portas foi alvo de uma campanha semelhante.

Já agora, quem adulterou o outdoor devia ter cuidado. "Pedofilia" não tem acento.

Não há debate

Por que foge o Eng. Sócrates dos debates como o diabo da cruz. É realmente único o seu comportamento na história da democracia em Portugal.
Será que ele não tem mesmo nada para dizer?

quarta-feira, janeiro 19, 2005

“Triposo” arguido

Pois bem, ao que parece, a verdade é mesmo como o azeite.
Nuno Cardoso foi constituído arguido e terá que se haver com a justiça face ao que andou a fazer enquanto Presidente da Câmara do Porto. Que os negócios haviam sido ruinosos para a Câmara, ou seja, para todos nós, para que o F. C. Porto beneficiasse, já todos sabíamos. Mas, afinal havia mais: Cardoso está a ser investigado por peculato e por abuso de poder. Agora, já percebemos mais a fundo o porquê daqueles despachos à última da hora, alguns dos quais, no último dia como Presidente. Bem me parecia que a figura não nutria um amor assim tão grande pelo F.C. Porto.

Benfica, a melhor opção

Não me lembro do nome do último reforço do Benfica. No ouvido ficou-me, no entanto, o seu depoimento onde afirmou que tinha 3 clubes que o desejavam: Real Madrid, Porto e Benfica. Ele escolheu o Benfica.
Enfim, é a expressão viva em como as variadas parafilias estão a crescer. O masoquismo é só uma delas.

terça-feira, janeiro 18, 2005

Não se ofenda, Sr. PR

Ora não querem ver que o nosso PR, Jorge Sampaio, contrariando tudo aquilo que até agora vem dizendo, se mostra desconfortável ante as críticas?
Na sua visita à China de 7 (sete) dias levou na comitiva (extensa) um rol de empresários no intuito de que estes possam estabelecer contactos e alargar o seu campo de actuação a esse imenso país.
Perante a situação, a União de Sindicatos do Minho, temendo que os empresários envolvidos deslocalizem os negócios pondo empregos em risco, reagiram.
Sampaio, ainda em Macau, atirou violentamente contra as vozes discordantes considernado "absurdas" as críticas e dizendo que já trabalha há "9 anos" sempre a esforçar-se pela defesa de Portugal.
Digo eu: e para que lhe pagamos todos nós senão para isso? Julga ele que é um favor que nos faz? O que custa é esse acesso de fúria face a críticas normais e a que um chefe de Estado deveria saber encaixar. Pelos vistos não sabe. E ainda tem o desplante de criticar os outros porque "não souberam dar ouvidos às muitas vozes que discordavam do rumo que se estava a seguir".

quinta-feira, janeiro 13, 2005

Valerá a Pena?

Na etapa de ontem do Barcelona-Dakar, Fabrizio Meoni não foi capaz de resistir a um ataque cardíaco. Tornou-se o 23º piloto a morrer em 27 edições da prova. Atenção que para esta contabilidade apenas entram pilotos – o caso seria mais grave se fossem contemplados os espectadores ou habitantes das aldeias por onde passa a prova que já padeceram em resultados de acidentes.
Os números são de tal forma trágicos que entendo que a continuidade da prova deve ser posta em causa. Tudo bem que os concorrentes são voluntários e estão conscientes dos riscos; que a prova é já um clássico do automobilismo e nos faz chegar imagens do que mais belo há no mundo; que também há mortos noutros desportos. Tudo isso não chega para justificar que se insista numa prova mortal. O tempo dos gladiadores já acabou. Será preciso que a bravura se mostre por esta via? Com muita pena minha, acabe-se com a prova.

quinta-feira, janeiro 06, 2005

Os Curandeiros

Sócrates veio anunciar que, caso seja eleito, não irá recorrer a receitas extraordinárias. Isto leva-nos a uma de duas situações, e isto só no caso de o PS ganhar as eleições, o que não acredito: não recorre às tais receitas e, na conjuntura actual em que ainda se não conseguiram efectivar as principais reformas de contenção da despesa, ultrapassamos o défice - o que é apanágio dos Governos PS; ou aumenta os impostos e/ou congela os salários e/ou paraliza o investimento público, num conjunto perigoso de quem, sem competência, tenta sacar coelhos da cartola ou faz remédios caseiros e os tenta aplicar, de forma irresponsável, ao país.

O que há muito se preconizou face a Sócrates tem-se mesmo preconizado: sempre que abre a boca, as pessoas consciencializam-se de que ele e os seus apaniguados são mesmo a facção mais pobre de Guterres.

O Mundo Reage

Face à tragédia na Ásia, o mundo dá mostras de ainda existir enquanto tal. As grandes potências estão a fazer um verdadeiro esforço no sentido de ajudar à contenção da tragédia. O montante já prometido pela comunidade internacional é recorde e deu-se um grande passo para uma eficiente administração do dinheiro: a Cimeira que está a acontecer na Indonésia.


De qualquer modo, todos devemos reflectir: o Mundo vai no caminho certo quando se consciencializa da necessidade de ajudar apenas em situações de crise? E, mesmo neste caso particular, será que a ajuda vai ser continuada ou durará apenas enquanto durar o impacto mediático? Já todos nos esquecemos da tragédia de Bam, no Irão, em Dezembro de 2003. Aí, foram prometidos pela comunidade internacional 500 Milhões de dólares para ajudar a reconstruir aquela cidade histórica. Chegaram, até agora, 17 Milhões.


O mundo civilizado, por inúmeras razões, tem obrigações para com o Terceiro Mundo. Que, desta feita, as populações afectadas sejam ajudadas. E que se comece pelas imensas comunidades de pescadores, completamente devastadas, deixando os resorts de luxo para a iniciativa privada.

quarta-feira, janeiro 05, 2005

Novela Pôncio

O PS teve o caso de Paulo Pedroso – o tal que toda a gente no partido jura estar inocente e o recebe de braços abertos e lágrimas nos olhos na sua saída da prisão, mas que agora ninguém o quer a concorrer à Assembleia da República a seu lado.
O PSD tem Pôncio Monteiro. Ao que parece, foi convidado pelo próprio Santana Lopes para integrar a lista do Porto para, dias depois, ser desconvidado. Estas são situações que acontecem aos montes sempre que se chega a hora de fazer listas. Este caso particular merece mais atenção porque a pessoa em causa não está habituada às lides partidárias e, logo que soube o que lhe estava reservado, tratou de convidar toda a imprensa para sua casa afim de acompanharem em directo, qual Big Brother político, as intrigas de um divórcio anunciado.
Eis como se inflamam os ânimos quando se joga alto.

As Negas face a um dado "inadquirido"

Não está fácil ao PSD formar listas e começar a campanha. As negas de pesos pesados para integrarem as listas de deputados são muitas, casos de Ferreira Leite, Dias Loureiro, Leonor Beleza, entre outros, e agora vem Cavaco Silva pedir para não ser incluído nos cartazes de campanha. Eu, que tenho uma admiração considerável pelo ex-primeiro-ministro não entendo esta consequente recusa de se associar ao partido. Tudo bem que deverá fazer parte da sua estratégia de assalto ao Palácio de Belém, mas ele não se poderá esquecer que tem que ter o apoio do partido.


Além de tudo, está quase toda a gente convencida de que o PS já ganhou as eleições. Que se desenganem. Vai chegar o momento em que Sócrates terá de abrir a boca. E aí se verá o que tem para nos apresentar. Por enquanto, só duas ideias saltaram cá para fora. A saber: o regresso da co-incineração e o aumento do IVA para 20%.


Ora, é preciso mais para se votar nele, mas a verdade é que não há. Como pode o guterrismo recauchutado ter mais ideias do que as que apresentou em 6 anos de ausência de reformas? Ao menos o actual Governo decidiu, algumas vezes mal, mas sempre com a determinação de que esse seria o melhor caminho. Muitas medidas eram impopulares. Pois, mas só com sacrifícios de alguém se poderá beneficiar a maioria.Na hora do voto, desenganemo-nos, o povo saberá escolher. E irá preferir o vigor das decisões em detrimento da ausência programática de Sócrates e companhia.