sexta-feira, dezembro 31, 2004

Solidariedade

A tragédia na Ásia é imensa. Felizmente que há também em Portugal e no Mundo um forte sentimento de solidariedade. As campanhas humanitárias estão em curso. Para quem quiser ajudar, aqui ficam alguns meios para o fazer:
Os donativos deverão ser feitos através de depósito ou transferência para a conta do Montepio Geral, com o NIB 0036 0088 99100039366 18

A organização não-governamental Médicos do Mundo Portugal, que enviou quarta-feira uma equipa médica para o Sri Lanka a bordo de um avião com ajuda humanitária fretado pelo Governo, também pediu o apoio dos portugueses, que poderão fazer o seu donativo através do Banco BPI, com o NIB 0010 00009 4449990001 70, ou da Caixa Geral de Depósitos (CGD), com o NIB 0035 05510 0007722130 32.

Para apoiar a missão da Assistência Médica Internacional (AMI) na Ásia, os donativos deverão ser feitos através da conta da CGD 0001 030 003 830, com o NIB: 0035 0001 0003 0003 8306 2.

A UNICEF SOS Crianças da Ásia também tem uma conta aberta na CGD com o número 0127 028 241230 e o NIB 0035 0127 0002 8241 2305 , assim como a CARITAS que tem a conta 0697 630 917 930, com o NIB 0035 0697 0063 0917 9308 2 .

A Cruz Vermelha Portuguesa também pediu a ajuda dos portugueses que poderão fazer os seus donativos através de depósito ou transferência para a conta do Banco BPI com o NIB 0010 0000 137 222 70009 70 ou para a conta número 1-137222000009 .

Também a TMN lança um repto aos seus assinantes. Enviem um SMS com a palavra "AJUDA" para o número 12700. Custa 1 euro e reverte na íntegra a favor da AMI, Cruz Vermelha e Médicos do Mundo. SMS "AJUDA" para 12700.

A Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) anunciou hoje a abertura de uma conta para ajudar as vítimas dos maremotos no sudeste Asiático. O dinheiro pode ser transferido para a conta do Montepio Geral com o NIB 0036 0093 99100067797 10.

quarta-feira, dezembro 29, 2004

O Horror

O que se vê é apenas, e infelizmente, parte das terríveis consequências do sismo de Sumatra. Espalhando a morte por cinco diferentes países, a Natureza demonstrou a sua força da pior maneira. Nada mais haverá a fazer do que "cuidar dos vivos e enterrar os mortos". E, talvez, rezar para que dentro em breve a ciência possa ajudar-nos a evitar estas catástrofes.

quinta-feira, dezembro 23, 2004

A revista à portuguesa

Agora, tudo serve para a polémica. A última é a revista que foi distribuída com alguns jornais e que se destinava a explicar o Orçamento de Estado para 2005. Tudo bem que ela foi paga com o erário público, mas não será serviço público informar as pessoas onde o seu dinheiro é gasto?
É claro que tudo agora é um problema. Quando em governos anteriores se compravam sucessivamente páginas inteiras de jornais para se publicitar as obras do Estado, nenhum problema havia. Enfim, tudo faz parte de uma campanha torpe que visa descredibilizar o ainda Governo. Resta saber se o eleitorado vai na cantiga.

Feliz Natal!!!

De mim, para todos vós, um Feliz Natal!!! Que o Globalizante se mantenha por muitos anos, a ver se o seu autor também e, já agora, os leitores.

Um abraço natalício e votos de que esta quadra seja conciliadora.

terça-feira, dezembro 14, 2004

Sermos (verdadeiros) Europeus

1. Com o alargamento a Leste e a assinatura do Tratado Constitucional a União Europeia deu um enorme passo rumo ao que preconizou Jean Monnet quando, em 1957, foi assinado o Tratado de Roma.


Novos desafios se colocam à Europa e seus cidadãos. Da União Aduaneira, à União Económica e Monetária será que caminhamos mesmo para a União Política? Quando se fala em federalismo europeu há logo vozes que prontamente se levantam em defesa do que resta das soberanias de cada um dos países membros. Mas, avaliando de forma pragmática, teremos alternativa? Neste momento, através dos regulamentos e directrizes comunitárias, os países membros já se sujeitam ao que emana de Bruxelas. O não cumprimento das normas europeias leva à aplicação de sanções – lembremo-nos do procedimento de que Portugal foi alvo pelo não cumprimento do Pacto de Estabilidade e Crescimento no que ao défice público diz respeito. Ou seja, a soberania nacional tal qual a conhecíamos está já beliscada e constitui isso algum drama? A meu ver, não.
No próximo ano, prevê-se a realização de um referendo ao Tratado Constitucional para a Europa. A pergunta até já foi elaborada. Nessa altura, teremos todos de perceber o que está em causa. No entanto, o tempo urge e não vejo que se esteja a fazer algo pelo esclarecimento dos cidadãos. Continuamos todos a assobiar para o lado e a chutar para a frente a responsabilidade de nos tornarmos verdadeiros cidadãos europeus. Continuamos, alegremente, a acreditar que a questão da cidadania europeia é algo longínquo que só as próximas gerações irão sentir. O que é facto é que pertence ao eleitorado de hoje tomar as decisões. Se somos nós quem tem que aceitar ou não este caminho temos que ser nós os mais esclarecidos para podermos optar em consciência.


Para a letargia em que nos encontramos consigo encontrar vários culpados: os partidos políticos que pouca atenção dedicam à Europa e que até utilizam as eleições para o Parlamento Europeu para o combate político interno; os sucessivos Governos que não ousaram formar cidadãos europeus, quer ao nível da escolaridade obrigatória, quer ao nível da formação para adultos; as próprias instituições europeias que não têm sabido aproximar o processo democrático europeu dos seus cidadãos.


E ainda mais grave, sabendo que a União Europeia tem por base a aproximação entre os Povos valorizando as diferenças culturais, por que não se reforçam os direitos democráticos dos cidadãos comunitários que vivem fora do seu país de origem? Fará sentido que um português a viver em França ou na Bélgica há 15 ou 20 anos não possa escolher o Governo que todos os dias lhe "vai ao bolso"? O critério definidor dos direitos democráticos dos cidadãos europeus deve ser, cada vez mais, o da sua residência estável e menos o da sua nacionalidade de origem.
Para que isso aconteça, terá a Europa que, mais uma vez, superar-se e dar uma prova ao Mundo da sua grandiosidade moral. Há que ultrapassar preconceitos, derrubar barreiras e, de forma consciente, caminhar para uma União de Povos.


2. O já comprovado envenenamento por dioxinas de Victor Iuschenko, candidato da oposição à presidência ucraniana, e as fraudes que adiaram a sua provável eleição são factos que nos devem preocupar. O acto que o desfigurou foi, alegadamente, praticado pelos serviços secretos ucranianos. Na base de tudo, poderá estar a inclinação pró-europeia de Iuschenko em detrimento da relação com a Rússia. Preocupantes são ainda as reacções por parte do Kremlin e da Casa Branca. Bush e Putin, num discurso que parecia consertado, desvalorizaram as flagrantes fraudes eleitorais numa atitude conivente com o autoritarismo que ainda se vive na Ucrânia.A bem da democracia e da liberdade, nesta repetição da segunda volta, que ganhe Iuschenko, certamente o mais votado.

Agora, Universais...

Mas, que dizer agora? O Porto é a melhor equipa portuguesa de sempre. A Maior. Com um palmarés destes, quem se atreve a contradizê-lo?

Só sete equipas europeias bisaram nesta competição que apura o melhor do mundo. A sétima foi precisamente o FC Porto. Esta vitória teve, aliás, o condão de desempatar a Europa e a América do Sul em vitórias da Taça Intercontinental. Nesta última edição, ficou 13 para a Europa e 12 para os sul-americanos.

Com a passagem aos oitavos de final da liga dos Campeões e mais um título no papo, deixam de haver dúvidas. O Porto é mesmo quem mais dignifica o futebol português fora de portas.

O que ando a ler V

"Cão como nós" de Manuel Alegre

(É possível que o meu pai também ande por aí. Às vezes sinto-o dentro de mim, ele apodera-se dos meus próprios gestos, entra no meu andar, não é a primeira vez que a minha irmã me diz: "Pareces o pai".
Mas não sei se ela sabe que a cadeira vazia do pai não está vazia, há nela uma ausência sentada e agora, sempre que vamos a Águeda, há, a seus pés, outra ausência enroscada.)

sexta-feira, dezembro 03, 2004

Orçamento de Estado

Vive-se uma situação política quase surreal em Portugal. Como o Sr. Presidente da República não quer demitir o Governo, nomeando um por sua iniciativa até um novo ser eleito, pede-se que o OE para 2005 seja aprovado em Assembleia da República. Ou seja, pede-se que se aprove o Orçamento sabendo que o Governo o não poderá cumprir.
Esta situação é reveladora da falta de cálculo que esteve na base da decisão de Jorge Sampaio. O problema é que vamos ser todos a pagar a factura deste "andar a brincar aos políticos".

O que ando a ler IV

"Um Quarto com Vista" de Edward Morgan Foster

Não é possível amar e separar-se. Desejará que assim seja. Pode transmudar o amor, ignorá-lo, confundi-lo, mas nunca poderá arrancá-lo de si. Sei por experiência que os poetas têm razão: o amor é eterno.

quarta-feira, dezembro 01, 2004

Dissolução agora?


Jorge Sampaio vem agora dissolver o Parlamento. Sr. Presidente, por que não o fez há 4 meses atrás? Não precisa de responder que eu sei bem a resposta: é que há 4 meses era secretário-geral do PS o Eng. Ferro Rodrigues. Neste momento as coisas no partido estão estáveis, com um líder respeitado e com aspirações e que dá garantias de ser um bom candidato. Ou seja, Jorge Sampaio alinhou num inacreditável frete ao seu partido e vai agora tudo fazer para lhes dar o poder.
Porquê dissolver? Por causa da estabilidade? Meu caro senhor, onde estava a sua preocupação com a estabilidade aquando das demissões dos ministros do Governo de Guterres? Onde estava o Dr. Sampaio quando Sousa Franco acusou o Governo a que havia pertencido de ser o pior desde o tempo de D. Maria II? Onde estava aquando das declarações de Manuel Maria Carrilho, e de Fernando Gomes, e de João Cravinho, e de Narciso Miranda…?
Coerência é precisa para o Dr. Sampaio. Da mesma forma que o elogiei há 4 meses por seguir a mesma orientação que utilizou ante o Eng. Guterres, agora o critico.
A decisão do Presidente da República é inaceitável.

Depois de um interregno

Volto ao Globalizante após um interregno mais longo do que o previsto.
Estive a ampliar os meus horizontes no Leste da Europa o que me dificultou a afixação de posts.
De regresso a Portugal e à vida real, algo mudou. Comento no post acima.