É oficial e aconteceu durante a Presidência portuguesa. Os líderes da UE chegaram a acordo quanto ao Tratado Consitucional europeu. Será assinado a 13 de Dezembro, em Lisboa. Depois, terá que ser ratificado.
Eu, que me considero europeísta convicto, acho serem boas as notícias. Acho mesmo que este pode ser o momento de viragem na afirmação política de que a União precisa. Começa a ficar claro o mapa da evolução para uma união política e o próximo debate já será dedicado ao federalismo.
À margem das boas novas, contudo, não pude deixar de reparar no chinfrim feito pela nossa comunicação social. Bem sei que o momento foi importante na vida da UE, sei que não é fácil aturar os irmãos gémeos polacos (um a Primeiro-Ministro e o outro a Presidente), mas a verdade é que Angela Merkel, durante a presidência alemã, já havia partido a pedra toda - agora foi só uma redistribuição de rebuçados. É claro que o nosso Primeiro, vaidoso como é, ao aperceber-se que estava sob tantos holofotes, aproveitou para chamar sobre si a "construção do mundo". Reparei mesmo na sua cara de estafado, como a dar a ideia de "isto foi difícil, mas eu dei a volta por cima e agora aqui têm a obra". Enfim, já todos nos habituámos ao marketing do nosso Governo.
2 comentários:
só é pena que na união, uns tenham mais do que outros. porque no que toca a obedecer, somos todos iguais, no que toca a ordenados, impostos e IVA, somos todos diferentes, não me parece de todo coerente.
Pois, Daniela, é verdade. Reconheço as debilidades da União, mas não se pode dizer que não há esforço para inverter a tendência - vejamos a quantidade de dinheiro que recebemos há anos em fundos de coesão não conseguindo, contudo, aproximar-nos do nível médio de vida dos europeus. Já os espanhóis e os irlandeses...
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