quarta-feira, dezembro 05, 2007

A hora do adeus

Chegou a hora. Depois de, há mais de 20 anos, ter fundado o que agora é o maior banco privado português, Jardim Gonçalves abandona os cargos que aí desempenhava. E sai num momento em que já ninguém queria que se mantivesse, o que deve ser duro.

A verdade é que a situação era insustentável. O BCP vive a pior crise da sua história e Jardim Gonçalves muito terá contribuído para isso. Depois de ter criado uma situação estatutária que pemitia que ele próprio tutelasse quem devia ser o homem forte do banco, não abdicando do poder, ainda teve tempo para o alegado perdão da dívida a uma empresa do filho. Foi uma sucessão de acontecimentos, provocados por lutas de poder, é certo, mas que colocaram Jardim Gonçalves num beco cuja única saída era a sua saída.

Acabou por acontecer, ontem. Pela primeira vez em muito tempo, todas as facções do banco se uniram no regozijo pela saída de Jardim.

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