O Congresso do CDS-PP, este fim-de-semana, revelou os resultados de o partido andar 2 anos coligado com o PSD. Há 20 anos, Cavaco Silva chegou ao Congresso da Figueira da Foz no seu BX acabado de comprar e, sem se saber como, saiu líder do partido.
Ribeiro e Castro, não consta que tenha ido fazer a rodagem, até porque agora já não é preciso, mas a verdade é que, com um, e sublinho UM, discurso arrebatador, conquistou a liderança do PP. Telmo Correia pagou o mais alto preço pela má escolha dos timings da sua candidatura. Entrou com o apoio das 18 distritais, mas saiu com uma pesada derrota.
Agora, vamos assistir ao curioso facto de termos um partido da oposição a ser comandado de fora do país. Pode ser que, desse modo, se dê mais atenção às questões europeias.
1 comentário:
Falhou a sucessão dinástica. Acho que o facto de Telmo Correia só se ter apresentado no dia anterior ao Congresso, depois de já ter recusado a candidatura tantas vezes, e não ter apresentado qualquer moção própria só pode representar uma de duas coisas: -ou ele tinha por garantido que irira facilmente ganhar, nomeadamente devido ao apoio das distritais; -ou ele, no fundo, não queria ser candidato mas foi empurrado pela linha portista, por não haver mais ninguém disposto.
Pessoalmente, não que me diga respeito, tinha preferência pelo Ribeiro e Castro (numa análise puramente sobre o carisma e forma de estar das pessoas, e não do que defendiam). Acho que ele será capaz de fazer do PP um partido politicamente rico, que julgo, quer concordemos quer não com as suas políticas, é importante para o panorama político português.
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