domingo, abril 17, 2005

Casa da Música

Suspiremos todos. A obra chegou ao fim.
Com muita polémica, uma estrondosa derrapagem nos custos e muito impacto urbanístico, nasce enfim o diamante, assim se quer, da música portuense.
A programação para a abertura, contudo, não deixa de ser discutível. Lou Reed é com certeza muito bom no seu género, mas esse tipo de música comercial passa bem num qualquer estádio ou no Coliseu, sendo, dessa forma, mais rentável. A Casa da Música não deve ter uma programação elitista. Não pode é não ter a pretensão de mudar os hábitos musicais dos portuenses. A sua função tem que ser educar para as novas sonoridades e para formas nobres de expressão musical. Para termos na Casa a programação que encontramos no Coliseu, para quê os 20 milhões de contos?
Ouvidos moucos face aos ouvidos duros – qualidade na programação!

1 comentário:

José Carlos Gomes disse...

Pelo que vi da programação e do preçário, parece-me que a Casa da Música começou bem. Mesmo que sejam artistas que também podiam actuar no Coliseu, os preços são bem mais em conta. Lou Reed custou 20 euros, Jorge Palma no Coliseu (em lugares com boa visibilidade e boa acústica) custa 25. Acho que na Casa da Música tem lugar toda a boa música, das orquestras aos Lou Reeds.