segunda-feira, fevereiro 11, 2008

A quem interessa?

José Ramos-Horta, Presidente de Timor Lorosae, foi barbaramente atingido por armas automáticas enquanto fazia o seu jogging matinal.

O atentado, perpetrado por Alfredo Reinado, abatido durante o ataque, vem agravar a já frágil democracia timorense. Pouco depois, também a caravana de Xanana Gusmão haveria de ser emboscada. Numa época de definição, onde se jogam os muitos interesses ligados às explorações em território timorense de petróleo e gás natural, não é fácil ser-se estadista. E a posição de Ramos-Horta, quase equidistante face á trilogia Austrália/Portugal/Indonésia, não lhe tem trazido vida fácil, principalmente quando se compara com o seu Primeiro-Ministro, completamente pró-australiano.

No ataque de ontem, o Presidente foi assistido, em primeira instância pelo portuguesíssimo INEM, tendo sido a GNR a primeira força policial a chegar ao local. Pelos vistos, os australianos têm mesmo outro tipo de interesses no território e nem mesmo o afastamento da GNR das zonas-chave de Díli lhes permitiu manterem-se focados no que é essencial - manter a segurança no território.

Sem comentários: