Na etapa de ontem do Barcelona-Dakar, Fabrizio Meoni não foi capaz de resistir a um ataque cardíaco. Tornou-se o 23º piloto a morrer em 27 edições da prova. Atenção que para esta contabilidade apenas entram pilotos – o caso seria mais grave se fossem contemplados os espectadores ou habitantes das aldeias por onde passa a prova que já padeceram em resultados de acidentes.
Os números são de tal forma trágicos que entendo que a continuidade da prova deve ser posta em causa. Tudo bem que os concorrentes são voluntários e estão conscientes dos riscos; que a prova é já um clássico do automobilismo e nos faz chegar imagens do que mais belo há no mundo; que também há mortos noutros desportos. Tudo isso não chega para justificar que se insista numa prova mortal. O tempo dos gladiadores já acabou. Será preciso que a bravura se mostre por esta via? Com muita pena minha, acabe-se com a prova.
2 comentários:
Vai-te embora!!!
Acabar com o Dakar, nunca.
É por essas e por outras que as já poucas refências do automobilismo mundial estão como estão.
Vê o que se passou a seguir ás lamentaveis decisões da Fia para Portugal. Bonito não...
Pois, e enquanto vamos nós, telespectadores, vivendo das referências, vão pilotos e nativos dos locais por onde a prova passa morrendo. Tudo para que o NOSSO espectáculo não acabe...
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