quarta-feira, maio 19, 2004

Bombardier

Já estou farto de ouvir falar dos trabalhadores da Bombardier e do seu Tremoço, o sindicalista.
É dramático o que está a acontecer à fábrica da Amadora. Sou sensível aos problemas que o despedimento irá causar.
Contudo, esses são problemas que, infelizmente, afectam milhares de pessoas por todo o país. E esses, os anónimos, até poderão aparecer nos telejornais no dia em que são despedidos, não mais.
Ora, no caso da Bombardier, isso não é bem assim. Têm direito aos seus directos diários e julgam que podem exigir ser recebidos todos os dias pelo primeiro-ministro. Ontem o Tremoço atirou: "andámos 2km a pé e não nos receberam!" referindo-se ao Governo. Ai tanta pena que eu tenho. Vejam só: 2KM - uma maratona!
Os trabalhadores da Bombardier, com todas as suas (in)acções (visto que só aparecem por estarem parados e nunca a trabalhar) querem ser uma espécie de desempregados superstar.
E até contam com alguma conivência por parte do Governo. Aquela gente, cuja única palavra de ordem é a inspirada "Está na hora, está na hora, do Governo se ir embora" ainda vê o Ministro da Economia e o das Obras Públicas a preocuparem-se com o processo. Comigo, já há muito ele estaria resolvido. Ou será que o Governo tem que dar emprego a toda a gente?
Por mim, mudo de canal quando aparecem o Tremoço e seus camaradas. Não são mais do que qualquer outro desempregado do país.

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