O regresso ou a regressão?

Itália nunca pára de nos surpreender. Está-lhes na massa do sangue, viverem o caos no dia-a-dia.

Nas eleições de Domingo, Berlusconi saiu o grande vencedor de uma maioria absoluta. Há 3 anos, auguraram-lhe a morte política, mas o segundo mais rico de Itália volta à ribalta. E desta vez com maioria no Parlamento e no Senado, o que lhe vale a estabilidade que o país normalmente não vive - em 30 anos, houve 27 Primeiros-Ministros.

Agora, por si só o resultado não é um garante. Berlusconi saiu eleito ao encabeçar uma coligação de forças partidárias, coligação essa que se pode desmoronar. E depois, não nos esqueçamos que a própria figura do magnata é bem suficiente para se mandar abaixo do poder; digamos que ele é um Santana Lopes, mas em larga escala.

Por isso digo, a ver vamos quanto dura este governo.