A Assembleia Nacional francesa aprovou ontem uma Lei absurda. Ao que parece, quem não reconhecer o genocídio arménio perpetrado pelo Império Otomano durante a I Guerra Mundial, ficará sujeito a elevadas multas ou até penas de prisão.
Já há dois anos, causou polémica a medida que proíbe as crianças muçulmanas de usarem símbolos religiosos nas escolas. Na altura, ainda dei o benfício da dúvida ao Governo francês - momentos de infelicidade todos têm. Neste momento, e já decorridos os tumultos dos jovens dos banlieus, só podemos concluír que o tempo em que a França iluminava o mundo já lá vai.
Com esta última medida, a França pode ter comprometido seriamente as negociações de adesão da Turquia à UE - não será esse o objectivo? Mas a verdade é que a Europa deve reflectir se quer uma França preconceituosa e antiquada e, cada vez mais, eurocéptica.
Os grandes países que compõem a União devem ser os primeiros na defesa do espírito comunitário da paz e da solidariedade. Claramente, a França se demite desse papel, pelo que deverá sofrer as devidas consequências.
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