A propósito do novo programa da RTP, em que se quer eleger o maior português de sempre, acordou-se um fantasma há algum tempo adormecido - Oliveira Salazar. Ao não figurar numa lista de propostas da responsabilidade do programa, gerou-se uma tremenda polémica na comunicação social. De tal forma que a própria RTP resolveu fazer um debate sobre o tema. Eu, sinceramente, nada penso sobre o assunto. E o facto de este ou aquele figurarem ou não na tal lista é-me indiferente, aliás, como o programa em si.
No mundo medíocre do nosso universo televisivo, inventa-se tudo pelas audiências, esquecendo as pessoas.
Contudo, não deixei de ver a parte final do dito debate. O painel era vasto e cheio de notáveis, o nível, fraco. E tive tanto azar quando me liguei à televisão que logo tinha que apanhar com a Joana Amaral Dias. E estava ela a condenar o facto de Salazar ter sido "nomeado" e rematava com ai de quem vote no vetusto senhor pois, na eventualidade dele ganhar, cai o Carmo e a Trindade e mais a decência e a democracia!
Ora, sempre que ouço a menina do Bloco defender alguma coisa, apetece-me logo defender o contrário e só um grande controlo me impediu de ir logo votar ao site da RTP; pior, de votar no Salazar! É que as faltas de educação, respeito e sentido democrático da menina (à boa maneira do partido) quase conseguiram que eu passasse a simpatizar com o Senhor de Santa Comba Dão.
E depois era ver o Prof. Hermano Saraiva a tentar defender o indefensável. Numa situação frágil, com a sua condição física já bastante abalada, nunca cedeu às investidas de todo o restante painel, convidados e moderadora. Aguentou-se, à boa maneira do nosso Estado Novo a definhar sem, no entanto desistir.
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