Tony Blair completa hoje 10 anos de governação como Primeiro-Ministro britânico. Anunciada que está, para breve, a sua demissão para que lhe suceda Gordon Brown, é tempo de balanços. E são muitos.
Em quase todos, porém, as certezas de que, ao longo de uma década, o inquilino do nº 10 de Downing Street, conseguiu captar largas inimizades entre o seu próprio partido e gerar desconfianças no lado dos conservadores.
A sua ligação aos EUA na importante decisão da invasão do Iraque será uma marca indelével do mandato, para o bem, e para o mal. Mas, houve políticas internas que lhe permitiram granjear sucesso - baixou, nestes 10 anos, a taxa de desemprego de 6,8 para 4,8%; teve, quase sempre, a economia a subir mais do que a média dos países da zona euro; reforçou a autonomia na Irlanda do Norte, na Escócia, no governo da cidade de Londres; manteve políticas tendentes ao welfare state. Contudo, respira-se a necessidade de mudança e Gordon Brown, actual ministro de Blair, acha que a sucessão já vai tardia - o anúncio da data está para breve, mas Blair já disse que a importante cimeira europeia de Junho tê-lo-á como Primeiro-Ministro britânico.
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