Este ano de 2008 começou mais saudável e democrático. Agora, consigo mais facilmente decidir se quero ou não um cancro pulmonar: bares, dafés, discotecas, pavilhões desportivos e shoppings estão mais limpos.
E até os fumadores estão bem mais favorecidos - como fumam ao ar livre, têm as ideias mais arejadas.
2 comentários:
Quem ri por último, ri melhor. Será que os donos dos estabelecimentos para não fumadores vão manter a sua opção quando a concorrência, aqueles que permitem fumar, tem publicidade gratuita, todos os dias, na imprensa e na televisão? É que não param as reportagens sobre espaços onde se pode fumar: e as listas vão engrossando cada vez mais. Aqueles que continuam a ser para não fumadores não vêem o seu nome na comunicação social.
Quer-me parecer que há esperança para todos aqueles que prezam a liberdade individual e que não aceitam uma prática que é um atentado ao direito de alguns cidadãos, por acaso fumadores.
PS: Eu sou parte desinteressada, pois sou ex-fumador há cerca de dois anos. Acontece que a lei em vigor não é contra o tabagismo, é contra os fumadores.
Se fosse contra o tabagismo não assistiríamos à hipocrisia de um espaço onde é proibido fumar vender tabaco. Se fosse contra o tabagismo e não contra os fumadores não veríamos o responsável pela Direcção-Geral de Saúde a dizer que os medicamentos para deixar de fumar não devem ser comparticipados pelo Estado, porque «aquilo que um fumador poupa ao deixar de fumar permite-lhe pagar a medicação».
Pois. Também acho que a liberdade individual deve ser respeitada, e é por isso que defendo algumas das novas medidas.
Além disso, não vejo esta questão como uma guerrinha entre fumadores e não-fumadores. Eu poouco me importa o que farão os viciados para contornar a Lei. O que sei é que Portugal está mais respirável e que daqui a 10 anos vamos olhar para 2007 e perceber quão bárbaro este povo é.
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