No aniversário dos 50 anos do Tratado de Roma, e quando se esperava que a Presidência alemã desse sinais de querer reforçar a identidade europeia, tivemos mais um flop - assinou-se apenas um documento de intenções em que os governantes dos países membros se comprometem a alcançar, até 2009, uma nova base de princípios orientadores da União.
Ou seja, neste quinquagésimo aniversário, o facto mais importante e a realçar é mesmo o da adesão de mais 2 membros: Bulgária e Roménia. Cada vez mais difícil continua a ser a não-adesão da Turquia. Até quando durará a paciência turca antes que se massifiquem os sentimentos indesejados de anti-europeísmo? Não estaremos a perder uma oportunidade de penetrar no mundo islâmico obtendo, por essa via, um contacto privilegiado para influenciar decisivamente o Médio Oriente pela base não-bélica?
A crise institucional por que passa a UE, no momento, poderá ser ultrapassada com coragem e resultados. Acho um erro estar-se a colocar o enfoque na Constituição Europeia quando aquilo que verdadeiramente interessa os europeus são as questões do financiamento, do alargamento e da política externa da União.
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