Este senhor merece o meu reconhecimento. Com coragem, assumiu a sua condição de nortenho, em detrimento do seguidismo partidário cego a que estamos habituados de todos os quadrantes.
Apesar do ataque oficial que Governo e PS têm feito ao projecto Metro do Porto, para o limitar e controlar, talvez até manietar, veio Francisco Assis subscrever a posição da Junta Metropolitana e assumir-se contra a entrada em posição maioritária da Administração Central na empresa.
Pena é que os políticos do Norte só se lembrem que o são quando estão na oposição e apenas às vezes. De Lisboa, que tudo controla, há sempre formas de limitar a acção política livre. E não raras vezes acontece calarem-se as vozes ante as investidas vindas da capital do império.
Francisco Assis, por defender o Porto e o Norte mesmo afrontando a concelhia e a Federação distrital do PS, merece o meu elogio. Ganha a democracia.
5 comentários:
O Francisco Assis preferiu ser nortenho do que português. Eu que sou nortenho, mas também e acima de tudo português, quero que a metro do Porto saia do controlo dos caciques locais o mais depressa possível.
Bem sei que já não será possível impedir a construção de estações de um transporte urbano no meio de campos de milho. Também não se poderá impedir um amante de corridas de calhambeques de pagar o seu vício com o dinheiro da Metro. Mas ao menos pode ser que se evite outros disparates semelhantes.
E não me venham falar em sucesso do metro do Porto. Sucesso é o de Lisboa que tem preços populares, não é o do Porto com preços para quadros superiores endinheirados.
Claro, Zé Carlos, e esses preços praticados em Lisboa devem ser mesmo à custa de grande engenharia financeira.
Para construir 1 quarto dos Kms construídos no Porto, a Metro de Lisboa recebe 4 vezes mais. Não, não é um engano.
Já agora, a história desse nacionalismo, comigo, não cola. Há muito que a malta centralista de Lisboa nos apregoa com o mesmo para que nos esqueçamos da nossa verdadeira condição. Não sou pior português se desejar um desenvolvimento harmonioso do país, do Nordeste Transmontano aos Açores.
Com um quarto dos quilómetros, quantos mais passageiros transporta o metro de Lisboa? E o do Porto quantos quilómetros teria se não andasse às voltinhas pelos campos de milho, tentando captar clientes estre as espigas... ou valorizar terrenos para construção?
Caro Zé,
Não falo de comparticipação para preços sociais de bilhética. Falo de quanto custa construir, para o Governo, 1 km em Lisboa e 1 Km no Porto. E acredita que até sou capaz de descontar algum para o facto de em Lisboa se fazer quase tudo enterrado. Não aceito é que a comparticipação seja de apenas 12% da que é dada em lisboa.
Verifica bem esses dados. Os tais 12% a que te referes, estou em crer, que dizem respeito à indemnização compensatória, que inclui bilhética. Mas corrige-me se estiver enganado.
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