segunda-feira, dezembro 26, 2005

domingo, dezembro 25, 2005

Feliz Natal


O Globalizante deseja a todos um Óptimo Natal.

quarta-feira, dezembro 21, 2005

O Grande Debate?

O Debate de hoje à noite que opôs Mário Soares a Cavaco Silva acabou por não o ser. O candidato anacrónico e octogenário limitou-se, numa estratégia desesperada e originada pelas sondagens, a tentar baixar o nível da discussão e a tentar tirar do sério o candidato Cavaco Silva.
Ideias, Soares não apresentou nenhuma e sempre que o seu opositor tentava falar de Portugal, atirava-lhe que ele só percebe de Economia. Acabou mesmo por deixar que o pé lhe escapasse para a chinela, sendo deselegante quase a todo o tempo.
Relativamente a duas questões, e falando de forma mais humorada, apenas digo: em relação a Soares se dar bem com multidões, isso é inegável, bastando que se vejam os idos casos da Marinha Grande e Mogadouro e, recentemente, Barcelos – então não se vê que ele e os populares até parecem saídos duma tasca, brigando por causa do futebol?; a outra situação é a do conhecimento do mundo que, também Mário Soares tem. Ora bolas, à nossa custa! Andou 10 anos inteirinhos a viajar à conta do Zé povinho e agora ainda se gaba de tal feito…

sábado, dezembro 17, 2005

Perto do Consenso?


A União Europeia está em crise. Pela difícil negociação das Perspectivas Financeiras de 2008 a 2013 se pode ver que o sonho europeu não passa de uma metáfora para os líderes dos maiores países. O bem da União tem sido completamente relativizado face ao umbigo de cada um. E concluímos facilmente que esta não é a Europa de Jean Monnet, ou mesmo de Delors.
Para quando a união política? Não será esse o passo a dar se se quiser continuar o que em 1957 se começou?

quarta-feira, dezembro 14, 2005

O que ando a ler VIII

"O Vendedor de Passados", de José Eduardo Agualusa

Fui à procura da noite. Os meus sonhos são, quase sempre, mais verosímeis do que a realidade.

terça-feira, dezembro 13, 2005

O Iluminado


Carlos Lage, Presidente da CCDR Norte parece ser o único socialista iluminado deste país. Vê o que nenhum dos governantes consegue ver: a linha de TGV Porto-Vigo é essencial para Portugal e para a Galiza.
Carlos Lage teve a coragem, segundo o que noticia o JN de hoje, de o ir afirmar numa Conferência organizada pelo PSOE na Galiza. Parabéns ao Senhor Lage.

Enquanto isso, a RTP Porto prestava um péssimo serviço aos portugueses. Numa óbvia subserviência ao poder instituído, deu-se ao trabalho a e ao esbanjamento de fazer uma reportagem para provar como o TGV é bom: resolveu promover uma corrida entre um comboio e um carro e demonstrar, assim, que de comboio é que é bom e barato, esquecendo o argumento de que o carro só é mais dispendioso se transportar apenas uma pessoa - pormenores.

De qualquer forma, poderia ter utilizado esse artifício para criticar o términus da ligação Porto-Régua em Intercidades. A CP entende que a rede não é financeiramente viável e, nem hesita. Serviço público, para que te quero!

O Murro - Parte II

Será que Soares irá tentar a sequela do Murro que levou na Marinha Grande, em 1985? Desta feita, em Barcelos, aconteceu que um ex-soldado de Portugal no Ultramar o insultou, ou não, por negócios alegadamente ocorridos na desanexação das colónias ultramarinas de Portugal.
O que é certo é que agressão, a ter acontecido, foi verbal. Nunca o ex-soldado tocou em Soares, ao contrário do que noticiou a comunicação social até à exaustão, na tentativa de que, uma mentira dita 100 vezes…

segunda-feira, dezembro 12, 2005

Too much british

Um gesto obsceno chocou os portugueses no passado dia 7 de Dezembro. Decorria o jogo entre Benfica e Manchester United quando Cristiano Ronaldo, português (!?), é substituído, reagindo da pior forma aos assobios e apupos vindos do público – exibiu o seu dedo médio esticado completando depois a cortesia com a tão lusa cuspidela dirigindo-se aos adeptos benfiquistas.

Este triste episódio, que está longe de ser inédito, deve ter o condão, ao menos, de nos fazer reflectir. O que é que leva 64.000 portugueses a vaiarem um seu compatriota apenas porque ele joga num clube estrangeiro? Não será esta uma forma de xenofobia? O comportamento dos adeptos, em nada desculpável pela tão propalada “paixão futebolística”, é um caso recorrente em Portugal. Nós devíamos observar o que se passa noutros países e fazer como se faz, por exemplo, aqui ao lado no Santiago Barnabéu: quando o adversário joga bem, é aplaudido. Quem viu o último Real Madrid – Barcelona pôde observar como os catalães e Ronaldinho Gaúcho, especialmente, foram aplaudidos. Isso, independentemente de os locais terem perdido por três a zero e de o Barcelona ser o eterno rival dos madrilenos. É a este espírito que eu chamo “paixão futebolística” e gostava, sinceramente que nós, portugueses, um dia pudéssemos ser assim.
Mas, voltando a Cristiano Ronaldo, por que encarou ele o jogo como sendo a partida da sua vida? Entrou nervoso em campo e esteve todo o tempo em sub-rendimento chegando mesmo a ser quezilento e indisciplinado – deveria ter sido expulso logo após ter sido admoestado com o cartão amarelo. Ainda viria a ter uma grande oportunidade para complicar as contas ao Benfica, mas desperdiçou-a, para ser coerente com a sua exibição.

Cristiano Ronaldo é um jogador fora-de-série. É daqueles predestinados que, se tiverem juízo, só podem alcançar o sucesso. O facto de ser jovem não lhe desculpa as asneiras como esta. Terá o jogador já esquecido a forma como os portugueses, todos, o defenderam aquando da acusação torpe de que recentemente foi alvo? Durante aqueles difíceis dias, não houve ninguém com quem eu tivesse falado que não acreditasse piamente na inocência do português e, consequentemente, na má fé das denunciantes. Mesmo os nossos jornalistas, esquecendo aqui e ali os deveres de objectividade e isenção a que estão sujeitos, iam “absolvendo” o português muito antes de a Scotland Yard o vir fazer.

A sua juventude será absolutamente decisiva, mas antes porque lhe permitirá usufrui de tempo para se emendar. Ninguém, por mais genial que seja, tem o direito de se comportar em público de forma tão reprovável, sob pena de influenciar negativamente aqueles para quem deveria ser exemplo a seguir.

Cristiano Ronaldo é já um grande jogador. Mas tem um longo caminho a percorrer para que a sua dimensão humana iguale o talento que demonstra nos relvados.
Falando agora no aspecto desportivo do jogo, todos temos que reconhecer que o Benfica obrigou Sir Alex Ferguson a engolir mais um enorme sapo lusitano. Há dois anos, a propósito da vinda dos Red Devils ao Dragão, lembrou-se esse Sir de dizer que o nosso campeonato era demasiado fraco e que conseguir uma vitória era tão fácil como ir “comprar leite ao supermercado”. Pois bem, desde essas tristes observações fez quatro jogos contra equipas portuguesas. Perdeu os dois cá e empatou os outros dois em Manchester. Eis a prova visível de que, às vezes, mais vale estar calado…