segunda-feira, outubro 25, 2004
Baixa de IRS
sexta-feira, outubro 22, 2004
A Estudantada no seu Pior
O que se passou nos últimos dias em Coimbra envergonha qualquer estudante, qualquer jovem. Todos temos o direito à indignação, todos temos o direito à manifestação e à expressão da nossa opinião. Mas, num estado democrático (tantas vezes erradamente invocado pelo chefe da trupe violenta) não podemos permitir que um conjunto de pessoas, pela violência, impeça o regular funcionamento das instituições. Vi as imagens onde os estudantes tentavam invadir o Senado e vi as imagens onde as forças de segurança o impediam, e bem. As bastonadas e os gases lançados chegaram a ser brandos face à insistência de meia dúzia em agredir os elementos das forças policiais. É claro que a comunicação social empolou o caso transformando até um agressor, o tal estudante que foi preso, em herói nacional com direito a primeiras páginas e a enormes aplausos na hora em que foi liberto.
Enfim, para compor o ramalhete deste país de brandos costumes, não faltou um chefe de sindicato da polícia vir reclamar que tudo se teria evitado caso "os políticos resolvessem os problemas que criam". Pois está certo, mas será que esse chefe já se deu conta de que, a seguir a sua filosofia, e em situação limite, não serão precisos polícias? Pelo menos como ele…
O que ando a ler II
segunda-feira, outubro 18, 2004
Orçamento de Estado e os sempre insatisfeitos
Diminuição de impostos, aumento de salários e cumprimento do défice. A ver vamos se o preço do crude não baralha as contas ao Governo.
A propósito, o Presidente da República veio admitir que, em termos de vigilância ao Governo e em matéria de dissolução da Assembleia, não há, agora, um caso especial; este Governo estará em pé de igualdade com os que lhe antecederam aos olhos de Sampaio. Aos olhos de Sócrates, e ao que transparece da sua irritação, as coisas não são bem assim. Pois é mais um capítulo na saga amor/ódio entre o PS e Sampaio. Continuo a achar que o Presidente da República tem levado a melhor.
A Vitória da Moral e do Talento
O Porto ganhou, e isso é o que realmente importa. Agora, não podem passar em claro todas as questões marginais perpetradas pelos dirigentes benfiquistas que revelaram ser pessoas completamente desequilibradas e inaptas para os cargos que ocupam. A polémica dos bilhetes, abstive-me de a comentar aqui até agora. O Porto tinha que solicitar os ingressos até 11 dias antes do jogo. Não o fez porque nenhum clube o faz, funcionando as regras tacitamente aceites e praticadas por todos. O Benfica recusou-se a enviar qualquer bilhete. Estamos perante gentalha tão reles cujo caso se torna ainda mais grave se nos lembrarmos que o Porto aceitou mudar a data da Supertaça (de boa memória) para que o Benfica melhor pudesse preparar a sua fugaz estadia na Liga dos Campeões.
Quanto ao jogo de hoje, apenas posso dizer que ganhou a melhor equipa – a mais esforçada e a mais competente. Na primeira parte, O porto jogou para marcar, na segunda, para controlar. Os casos de arbitragem resumem-se a isto: uma bola duvidosa em cima da linha de golo portista e dois penaltys que, bem, não foram assinalados; há o caso da expulsão de Pepe que não percebo como é que acontece – a única coisa que vi foi a agressão do Nuno Gomes. Este belo rapaz ainda foi protagonizar aquela triste figura à sala de imprensa. A sua estupidez é tanta que se permitiu amuar porque Pinto da Costa ia falar no momento em que lhe iria ser atribuído um prémiozeco – seria o prémio Fair Play? Isto, mesmo depois de Pinto da Costa se lhe dirigir e afirmar que só falava depois da grandiosa cerimónia de entrega do galardão.
sábado, outubro 16, 2004
1.º Prémio
Com esta fotografia ganhei o primeiro prémio do Concurso de Fotografia da JSD Sobrado. Trata-se de uma ponte e represa sobre o Rio Ferreira em Sobrado, Valongo. O júri foi bastante amável e, como se não bastasse, ainda atribuiu o terceiro prémio a fotografia que vem abaixo, também retratando o Rio Ferreira.
terça-feira, outubro 12, 2004
O que ando a ler
"Elas tinham uma vantagem sobre nós: planeavam muito melhor a sua vida, eram muito mais organizadas. Enquanto os homens viam os jogos de futebol, bebiam uma cerveja ou jogavam bowling, elas, as mulheres, pensavam em nós, concentravam-se, perscrutavam, decidiam – aceitar-nos, rejeitar-nos, mudar-nos, matar-nos ou simplesmente viverem connosco. No fim de contas, isto tinha pouca importância; não interessava o que elas faziam, nós acabávamos na solidão e na loucura."
segunda-feira, outubro 11, 2004
A Comunicação
domingo, outubro 10, 2004
A Grande Odisseia
O Debate
Ontem, fui daqueles que perdeu umas horas de sono para ver o debate entres estes dois senhores em directo, desde o Missouri. Parece que as horas de sono foram mesmo perdidas. Na análise que fui fazendo, parece-me que Bush esteve bem melhor que no passado debate e chegou a haver momentos em que ultrapassou mesmo o melhor Kerry. Ainda assim, dava um empate ao confronto de ontem. Hoje, nas notícias portuguesas todas as análises davam a vitória a Kery. Terei eu visto bem as indecisões de Kerry quanto à política externa ou estava já a dormir?
De qualquer forma, Bush revela-se bem melhor a debater do que aquilo que dele fazem crer. Mesmo defendendo coisas pouco defensáveis, ele lá se vai safando. E, ao que parece, ganhando alguns pontos rumo à vitória. Falta é saber quem e quantos estão a perder.
quarta-feira, outubro 06, 2004
Saneado?
Parece que o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa se demitiu da TVI após uma conversa com o Presidente da estação, Miguel Paes do Amaral. O facto tem origem nas análises que Marcelo vinha fazendo ao trablho do actual governo e à resposta que lhe foi dada por Rui Gomes da Silva, Ministro dos Assuntos Parlamentares que chegou mesmo a invocar a intervenção da Alta Autoridade para a Comunicação Social.
É um facto que toda a gente gosta de ouvir o Professor. É um facto que ele até tenta ser o mais imparcial possível. É um facto que ele só tem que prestar contas à TVI, que é privada e está fora da alçada do Governo. Mas, também é um facto que Marcelo vinha utilizando os seus comentários, desde há umas semanas, única e exclusivamente para exalar o seu ódio visceral por Santana Lopes.
Não sei o que lhe terá dito Paes do Amaral. Imagino que tenha feito uma tentativa de que Marcelo moderasse os seus ataques ao Governo. Pelos vistos, não faria sentido que, dessa forma, continuassem as prédicas dominicais. Ficam os serões de Domingo menos divertidos.
De qualquer forma, fico à espera das declarações de Marcelo Rebelo de Sousa. Só ele poderá esclarecer eventuais tentativas censórias que, sinceramente, não acredito terem existido.
Avelino
Até à sua entrada efectiva, sempre pensei que ele fosse para o programa mas na sua condição de animal. Afinal não. Ele vai mesmo como participante.
E, em abono da verdade, diga-se que a "acefalia" de que padece não destoa nada da dos restantes participantes. Creio mesmo que, caso Avelino fosse participar na qualidade de animal, haveria bronca na quinta. Estão a imaginar o burro ou a vaca a aceitarem-no como seu semelhante?
Celsius ou Fahrenheit?
Ray Bradbury escreveu em 1953 um dos seus livros mais marcantes. Intitula-se Fahrenheit 451 que é, segundo o autor, a temperatura a que esse mesmo livro se incendiaria.
Nas altas temperaturas da política à americana, foi Michael Moore buscar inspiração a Bradbury para realizar o seu último filme a que deu o nome Fahrenheit 9/11 – que segundo o realizador é a temperatura a que arde a liberdade. Em resposta, um grupo de cineastas também americanos fizeram um outro filme, Celsius 41,11, argumentando ser essa a temperatura a que o cérebro de Michael Moore derrete.
Mas, vejamos: destas três manifestações artísticas, ou não, só não vi o Celsius 41,11. O livro de Ray Bradbury constitui-se, sob a capa de um "longínquo futurismo" como uma crítica mordaz e inteligente a alguns ditames da sociedade dos anos 50 - e, diga-se, continua perfeitamente actual. O filme de Michael Moore é um folhetim de campanha anti-Bush. O próprio realizador, que cobra cerca de 30.000 euros (à volta de 6000 contos) por discurso na sua tournée anti republicana pelos EUA, assume que o denominado documentário é um instrumento de campanha em favor do candidato democrata às eleições presidenciais norte-americanas a realizar a 2 de Novembro próximo. É claro que esta assumpção por parte de Moore passou completamente ao lado dos fazedores de opinião e dos cinéfilos (até ganhou a Palma de Ouro em Cannes).
Analisando Fahrenheit 9/11, podemos, desde logo, questionar a sua qualidade de documentário. Em minha opinião, não o é por não ser sério, por não ser objectivo, por não ser fiel à realidade. Também não é estritamente ficcional. É uma espécie de filme de regime, mas ao contrário. Aqui, em vez de se exaltar a situação, tenta-se denegri-la com estranhíssimas e demasiado forçadas teorias da conspiração, fruto de uma imaginação tão fértil quanto doentia.
O filme tenta retratar o mandato de George W. Bush enquanto Presidente dos EUA e começa logo com uma pérola: assume-se que um director de informação de um canal televisivo, primo de Bush, ao reproduzir uma sondagem favorável ao primo no decisivo estado da Florida, lhe deu também a vitória eleitoral - brilhante, não é?
Todos nos lembramos que Bush, em absoluto, foi menos votado que Al Gore. No entanto, essa é uma situação de debilidade no sistema democrático norte-americano há muito prevista e que, em caso limite, continua a poder acontecer, não retirando legitimidade ao vencedor.
Avançando no filme, chega-se ao 11 de Setembro e às intervenções militares no Afeganistão e no Iraque. É aqui que "percebemos" como tudo aconteceu. Afinal, a família Bush, com fortes ligações aos familiares de Osama Bin Laden, através de um esquema delirante, consegue obter largos dividendos financeiros (?!) com o colapso das torres.
A segunda metade do filme, é um constante discorrer do pior populismo. Primeiro, é ridicularizada uma mãe que, tendo dois filhos a combater no Iraque, sente-se tão orgulhosa que todos os dias coloca, de forma simbólica, uma bandeira americana no jardim da sua casa. Michael Moore, assume a dita entrevista e presta-se a um execrável papel, riquíssimo no desprezo pelos legítimos sentimentos de uma mãe. A seguir, o mesmíssimo Moore, à boa maneira de Manuela Moura Guedes, explora até à exaustão o terrível drama de um casal que perdeu um filho, abatido quando sobrevoava de helicóptero uma qualquer cidade iraquiana.
Enfim, todo o filme é um exemplo de primarismo populista destinado a um público ávido de argumentos fáceis que são, na maior parte dos casos, bastante discutíveis.Para que fique claro, não devo, não posso, não sou fã da generalidade das políticas do executivo Bush, Tão-pouco alinho nos tiques imperialistas que emanam da Casa Branca. Pura e simplesmente, o teor deste texto não trata de avaliar o desempenho do actual Presidente americano. Outrossim, de desmistificar aquilo que, em Portugal, foi e continua a ser apresentado como um notável documentário, quando, na verdade, não passa de um tempo de antena elevado à categoria de longa metragem e com publicidade gratuita e abundante em tudo quanto é órgão de comunicação social.
segunda-feira, outubro 04, 2004
A Jornada
Falta ainda jogar o Sporting para se perceber o filme completo desta jornada. No entanto, não podem passar em claro as vitórias do Porto, em casa por 3-0 ao Belenenses, e do Benfica, em Guimarães por 1-2. No caso dos dragões, a vitória não merece contestação. A expulsão precoce de um jogador da equipa de Belém deitou por terra a estratégia do clube e permitiu que o FC Porto dominasse o jogo a seu bel-prazer. Já no caso do Benfica, não fossem os dois tremendos frangos de Palatsi, e a histõria do jogo teria sido diferente. Durante o jogo, até me interroguei: será este o mesmo Palatsi que defendeu tudo o que havia para defender há uma semana atrás frente ao Porto? Mais parecia o seu irmão gémeo - frangueiro até não poder mais.
Ainda no jogo de Guimarães, há que ressalvar o belo gesto de todos os jogadores que recordaram Fehér, falecido em Janeiro naquele estádio.
Daqui a 15 dias, o Porto desloca-se à Luz com 4 pontos de atraso face ao Benfica. Poderá vir com 7, mas também é possível que venha a apenas 1. A ver vamos.
domingo, outubro 03, 2004
Novo ano, Cara nova
1º Aniversário
O Globalizante comemora hoje o seu primeiro ano de existência. O que começou como uma brincadeira munha continua a ser uma brincadeira minha. Contudo, e ao longo dos tempos, fui tentando melhorar tanto o aspecto visual como o funcional do blog. Aos leitores do Globalizante, um imenso obrigado pela paciência e pela amabilidade dos cliks. E aqui fica a promessa de eu continuar a fazer do blog, tão só e apenas, uma brincadeira minha.